CID 10 – N87 – Displasia do colo do útero

O que é CID 10 – N87 – Displasia do colo do útero?

A CID 10 – N87 refere-se à displasia do colo do útero, uma condição caracterizada por alterações anormais nas células do colo do útero. Esta condição é considerada uma lesão pré-cancerosa e é essencial que seja diagnosticada e monitorada adequadamente para evitar a progressão para câncer cervical.

As displasias do colo do útero são frequentemente associadas à infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). Embora a presença de displasia não signifique que a pessoa tenha câncer, ela indica a necessidade de acompanhamento médico regular e, em muitos casos, tratamento.

Importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce da CID 10 – N87 é crucial para a saúde da mulher. Identificar as alterações celulares antes que evoluam para câncer aumenta significativamente as taxas de cura e reduz a mortalidade associada ao câncer cervical. O exame de Papanicolau (Pap) é um dos métodos mais utilizados para detectar displasias e câncer cervical em estágios iniciais.

Além disso, a triagem regular para HPV também é uma prática recomendada, pois permite a identificação do vírus antes que ele cause alterações celulares significativas.

Causas e fatores de risco

A principal causa da displasia do colo do útero é a infecção pelo HPV, que é transmitido sexualmente. No entanto, existem outros fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da CID 10 – N87:

  • Idade: Mulheres jovens, especialmente aquelas com menos de 30 anos, estão em maior risco devido à alta prevalência de infecções por HPV nessa faixa etária.
  • Histórico de doenças sexualmente transmissíveis: Mulheres que já tiveram outras DSTs têm um risco maior de desenvolver displasias.
  • Imunossupressão: Condições que afetam o sistema imunológico, como HIV, aumentam a suscetibilidade a infecções por HPV e, consequentemente, à displasia.
  • Tabagismo: O uso de tabaco está associado a um aumento do risco de câncer cervical e pode contribuir para a progressão de displasias já existentes.

Diagnóstico e classificação

O diagnóstico da CID 10 – N87 é realizado através de exames clínicos e laboratoriais. O exame de Papanicolau é o método mais comum, onde células do colo do útero são coletadas e analisadas para detectar alterações. Se houver anormalidades, o médico pode recomendar uma colposcopia, um procedimento que permite visualizar o colo do útero de forma mais detalhada.

A classificação da displasia é feita em três níveis, de acordo com a gravidade das alterações celulares:

  • NIC I: Alterações leves, com alto potencial de regressão.
  • NIC II: Alterações moderadas, com risco aumentado de progressão.
  • NIC III: Alterações graves, com alta probabilidade de evolução para câncer.

Tratamento e acompanhamento

O tratamento da CID 10 – N87 varia conforme o grau da displasia. Em muitos casos, especialmente quando a displasia é leve (NIC I), pode ser recomendado apenas o acompanhamento regular, uma vez que essas alterações podem reverter espontaneamente.

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Para displasias moderadas a graves (NIC II e NIC III), o tratamento pode envolver:

  • Exérese do colo do útero: Procedimentos como a conização e a histerectomia podem ser indicados para remover as células anormais.
  • Tratamento a laser: Um método que utiliza luz intensa para destruir as células anormais.
  • Monitoramento regular: Após o tratamento, é fundamental realizar exames regularmente para garantir que não haja recidiva.

Aplicações práticas para profissionais de saúde

Profissionais de saúde desempenham um papel vital na prevenção e no tratamento da CID 10 – N87. Aqui estão algumas práticas recomendadas:

  • Educação: Informar as pacientes sobre a importância da triagem para câncer cervical, incluindo a realização regular de exames de Papanicolau e testes de HPV.
  • Vacinação: Incentivar a vacinação contra o HPV, que pode prevenir a infecção pelo vírus e, consequentemente, reduzir a incidência de displasias e câncer cervical.
  • Acompanhamento: Estabelecer protocolos de acompanhamento para mulheres diagnosticadas com displasia, garantindo que recebam a atenção necessária.

Conceitos relacionados

Além da CID 10 – N87, existem outros termos e condições que estão interconectados e são relevantes no contexto da saúde da mulher:

  • HPV: O principal agente causador da displasia cervical.
  • Câncer cervical: A progressão da displasia não tratada pode levar ao câncer cervical, uma das principais causas de morte entre mulheres em muitos países.
  • Teste de Papanicolau: O exame utilizado para detectar alterações celulares no colo do útero.
  • Colposcopia: O procedimento para avaliar visualmente o colo do útero e confirmar diagnósticos.

Reflexão e ação

Diante da complexidade e da relevância da CID 10 – N87 – Displasia do colo do útero, é essencial que profissionais de saúde se mantenham atualizados sobre as melhores práticas de triagem e tratamento. A educação contínua e o envolvimento ativo na promoção da saúde da mulher são fundamentais para reduzir a incidência e a mortalidade associada a essa condição.

Ao integrar esses conhecimentos em sua prática diária, você não apenas contribuirá para a saúde das suas pacientes, mas também fará a diferença na luta contra o câncer cervical.